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Personalidades

Gualdim Pais


"Gualdim Pais foi um Cavaleiro Medieval, que nasceu possivelmente em Amares a 1118 e teria sido armado cavaleiro em Ourique por D. Afonso Henriques. Com a cruz dos cruzados, partiu para a Palestina, onde teria participado no Cerco de Gaza. Já em Portugal pertencendo à Ordem do Templo, foi eleito comendador da Casa que a Ordem tinha em Braga.
D. Afonso Henriques, em 1152, fê-lo comendador de Sintra, dando-lhe casas e fazendas e em 1157 foi elevado a grão-mestre da Ordem dos Templários.
D. Gualdim Pais veio a construir o Castelo de Tomar. Em Setembro de 1169, ficou encarregado da defesa da fronteira da Estremadura e também do prosseguimento da conquista, tendo como recompensa um terço de tudo quanto ganhasse para o reino.
Em 1184 regressou a Tomar, pois a cidade estava sob cerco.
Foi fundador dos Castelos de Almourol, Ceres, Idanha, Monsanto, Pombal e Tomar e concedeu várias cartas de foral a variadas terras da ordem. D. Gualdim Pais, faleceu em 1195, encontrando-se sepultado na Igreja de Santa Maria do Olivais em Tomar."



Estátua de D.Gualdim Pais - Fundador da Cidade de Tomar



Infante D. Henrique



"O Infante D. Henrique chegou a Tomar no ano de 1417 e no ano seguinte efectuou as primeiras aventuras marítimas.

D. Henrique governador da Ordem de Cristo, em 2 de Janeiro de 1443, com o consentimento do Papa Eugénio IV, reformou esta Ordem de modo a torná-la mais apta para as suas empresas descobridoras e comerciais.
Tomar ganhou um grande desenvolvimento com o Infante D. Henrique, uma vez que foi ele quem projectou a parte antiga da cidade (todas as ruas são perpendiculares ao rio e paralelas entre si). Concedeu todas as facilidades necessárias para que se fixassem pessoas em Tomar, um bom exemplo são os judeus, para os quais se fez a Judiaria com a Sinagoga.
Reedificou a Corredoura actual rua de Serpa Pinto, a Igreja de S. João e a respectiva rua, prolongou a rua Direita e Pé da Costa até à Várzea Pequena, iniciou também a construção da rua dos Oleiros actual rua Alexandre Herculano, rua Gil de Avô e do Camarão, edificou também o Palácio dos Estaus e o Hospital de Santa Maria da Graça.
Na época houve também uma regularização do curso do rio, no qual se drenou e saneou as margens e alargamento da levada dos moinhos e lagares. Mais tarde estes lagares foram ampliados por D. Manuel I, daí o nome de Lagares de El-Rei.
O Infante D. Henrique faleceu em Sagres no dia 13 de Novembro de 1460."
António Bernardo da Costa Cabral – 1º Conde e Único Marquês de Tomar
"António Bernardo da Costa Cabral, politico português, natural de Fornos de Algodres, nasceu a 9 de Maio de 1803. No ano de 1823, com apenas 20 anos de idade, tirou o curso de Direito na Universidade de Coimbra. Começou por exercer advocacia em Penela e em 1826, passou para Celorico da Beira. Aderiu ao ideal constitucional na primeira fase da guerra civil e alistou-se nas forças do futuro Conde de Samodães que lutavam pela causa liberal. Em 1832 participou no desembarque do Mindelo e serviu no cerco do Porto.
Foi eleito deputado em 1836 e três anos mais tarde foi nomeado ministro da Justiça. Ao longo do seu ministério, conseguiu concretizar reformas nos serviços judiciários do país, providenciando no sentido de humanizar a condição dos presos, regulamentar a administração dos bens dos órfãos e promulgando a Novíssima Reforma Judicial. Em 1849, foi nomeado ministro plenipotenciário em Madrid, onde foi voltado a ser chamado para presidir a um ministério a 18 de Junho de 1849. Houve uma oposição no seu regresso, de tal forma que viria a ser apeado em 1851, pela revolta do marechal Saldanha, conhecida por Regeneração. No ano de 1859, foi nomeado ministro plenipotenciário junto do governo do Rio de Janeiro, onde desempenhou um importante papel na resolução de dificuldades aduaneiras. Quando regressou a Portugal, foi para a sua Casa de Tomar (parte do antigo Convento de Cristo) e em 1870 é convidado por Saldanha para chefiar a legação portuguesa na Santa Sé. No Decreto de 8 de Setembro de 1845 de D. Maria II, foi concedido a António Bernardo da Costa Cabral o título de Conde de Tomar e foi elevado a marquês por Decreto de 11 de Junho de 1878, de D. Luís."






Estátua de Infante D.Henrique situada na entrada da Mata Nacional dos 7 Montes



D.Manuel I

D. Manuel, duque de Beja e sobrinho neto do Infante D. Henrique, recebeu a dignidade mestral da Ordem de Cristo por volta de 1485, na sequência da morte do seu irmão, D. Diogo, duque de Viseu, Governador e Regedor daquela ordem de cavalaria.

Em 1491, D. João II, por morte do Infante D. Afonso, seu filho e herdeiro, nomeia D. Manuel, seu primo e cunhado, na sucessão ao trono de Portugal. Nestas circunstâncias, entre 1495 e 1521, D. Manuel é governador e regedor da Ordem de Cristo e rei de Portugal. Nesse período a Milícia de Cristo conheceu um envolvimento sem igual na política real para a expansão marítima.

Esse envolvimento é manifesto na designação de cavaleiros freires da Milícia para capitães de mar e das terras descobertas ou conquistadas, e na constituição de novas comendas, no reino e nas terras de além-mar. As primeiras surgem no capítulo de Tomar de 1503 que institui trinta comendas novas nos lugares de África, a serem providas, exclusivamente, com freires cavaleiros da milícia que tivessem prestado continuadamente serviço nesse território.

Depois, a partir de 1514, com a outorga de vários breves papais, D. Manuel vai poder dispor das rendas dos conventos e das paróquias para prover à constituição de mais de duas centenas de comendas, para consolidar a sua ação no além-mar. Com efeito, D. Manuel faz da Ordem de Cristo a sua cavalaria de excelência a qual se assume, deste modo, como um instrumento do poder monárquico.

É com D. Manuel que a Ordem terá o seu mais profundo envolvimento na empresa dos Descobrimentos, tanto no espiritual, entregando à Ordem o eclesiástico das paróquias do ultramar, como no temporal, com a dispensa do voto de castidade para os cavaleiros que quisessem fundar família nas terras de além-mar. A Ordem fica, com D. Manuel, detentora de um imenso poderio espalhado por todo o império português.

D. Manuel I chamou os maiores artistas e artífices do seu tempo para trabalhar no Convento de Cristo, de que se salientam, pela sua importância para a história da arquitetura deste Monumento, Diogo de Arruda e João de Castilho.

D. Manuel I morreu em Lisboa, a 13 de Dezembro de 1521, tendo sido sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.


D. Manuel I

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